Por 22:05 Exercicios Terapêuticos • One Comment Views: 694

Exercícios para Distonia Cervical

Distonia Cervical , conheça o programa Vertice, são exercícios terapêuticos disponíveis na forma de autoreabilitação e atendimento on line com fisioterapeuta via plataforma com mais de 100 exercícios.

Distonia Cervical
A fisioterapia atua na distonia cervical na redução do quadro álgico, na tensão muscular, no  alinhamento da cabeça/pescoço e principalmente potencializa o efeito da toxina botulínica.

Distonia cervical isolada  significa distúrbio na tensão muscular de um mais músculos, com hiperatividade na maior parte do tempo seguido de momentos de normalidade do tônus muscular. Os movimentos distônicos são padronizados, torcidos e podem até ser trêmulos, são frequentemente agravados ou iniciados por ação voluntária com exarcebação na ativação muscular (Albeto Albanês et al 2013). O primeiro relato em 1911, foi quando Oppenheim relatou 04 pacientes jovens com características ” distonia musculorum deformans” que indicava que o tônus era hipotônico em uma ocasião e espasmos tônico em outra. Diagnóstico é clínico de acordo com a história e as caracteristicas dos movimentos.  Caracteriza-se pela presença de contrações musculares  sustentadas ou intermitentes  do pescoço resultando em posturas e movimentos anormais. Os critérios clínicos para o diagnóstico da distonia cervical isolada: 

  1. Pelo menos duas posições cervicais anormais;
  2. Movimentos distônicos tem previsibilidade e direcionalidade consistente;
  3. Presença de Manobras de Alívio;
  4. Dor que melhora após toxina botulínica;
  5. Idade de início entre 30 a 70anos.
A prevalência é em adultos, idade média 41 anos, com dor envolvendo pescoço, ombros e que utilizam as manobras de alivio ou truques sensorial/gestos antagonicos para suprimir os padrões musculares involuntários. A dor é percebida por 68% dos pacientes, de forma difusa na região da cabeça, pescoço, ombro e nas costas ipsilateralmente a distonia cervical. As manobras de alívio são usadas por 90% dos pacientes com eficácia de 40% (Patel N, et al 2014) dentre as mais conhecidas vale a pena citar: colocar um dedo no queixo, ou mão na região occiptal, tocar a face inferior da face ou na  parte posterior do pescoço. Existe sintomas não motores associados como ansiedade, depressão, estigmatização e distúrbios do sono (Yang J, et al 2017). A progressão dos sintomas motores ocorrem em média em apenas  8,4% dos pacientes com distonia cervical nos primeiros 3,5anos e acomete as mãos 46% e 25% no braço.Classifica-se a distonia cervical isolada em 03 tipos:

Idiopática:

  • Focal: quando acomete apenas cabeça e o ombro;
  • Segmentar: Acomete membros superiores, laringe crânio.

Genética:

  • Presença de membros da família são acometidos, início na infância e adolescência e a distribuição é na região crânio cervical segmentar.

Adquirida:

  • Início tardio, geralmente a cabeça permanece em uma única posição, pode afetar qualquer idade e ser causada por lesões cerebrais na região  da fossa posterior.
A fisiopatologia apesar de desconhecida, existe 03 hipóteses que tentam explicar este fenômeno: Primeiro, a perda da função inibitória a nível espinhal, tronco cerebral e cortical o que produz ao transbordamento e aos espamos musculares indesejados. Segundo, são as anormalidades sensoriais leves e déficits na integração sensório-motora que produz a perda Lateral ou Surround que é ausência da sensibilidade  discriminativa espacial e temporal. Terceiro, as alterações na plasticidade  cerebral produzidas pelo uso excessivo ou ” over training” induz uma mudança na conectividade do córtex motor e sensorial e consequentemente uma associação inadequada entre o imput sensorial e a saída motora, isso causaria erros na seleção dos músculos usados no movimento voluntário ( Quartarone A, Hallet M, 2013).

Vertice são exercícios terapêuticos para distonia cervical isolada, que visa 03 benefícios após o tratamento:  redução do quadro álgico(dor), otimizar os efeitos da toxina botulínica e promover o alinhamento da cabeça/pescoço durante as atividades de vida diária com a aquisição de controle motor e aprendizado motor. Este programa é um compilado das técnicas de fisioterapeutas:  Dr. Jean- Pierre Bleton; Dra. Johanna Blom, Dr. Joost Van der Dool e Dr. Enrico Saibene e também das médicas Dra Anna Castagna e Dra Marina Ramella. Os princípios terapêuticos envolvidos no programa vertice se baseiam na aprendizagem motora, no controle postural e motor, redução do tônus , ativação de músculos antagonistas e alongamento muscular. Isso feito ao longo do dia varias vezes ao dia e durante as atividades de vida diária. O programa vertice destina-se a pessoas com distonia cervical, em tratamento com ou sem toxina botulínica , pacientes submetidos a cirurgia de estimulação cerebral contínua-DBS ou em assistência medicamentosa. Seguindo o propósito dos precursores desta terapia o programa vertice tem o objetivo de capacitar fisioterapeutas e profissionais da saúde que necessitam de informação sobre como reabilitar e evoluir estes pacientes. Como funciona o programa Vertice? Ele pode ser usado por pacientes ao realizar a autoreabilitação em casa com o material em vídeo que demonstra como realizar a terapia ou com o uso da telereabilitação feita direto com o fisioterapeuta que irá personalizar e prescrever os exercícios terapêuticos específicos para cada pessoa.O Plano de tratamento para autoreabilitação em casa feita pelos pacientes envolve sessões de 10 a 15 minutos, 03xdia , diariamente e por 12 meses de treinamento. Este programa inclui exercícios de respiração, alongamento, treinamento muscular seletivo, redução de tônus e controle motor que devem ser usados em diferentes tipos e padrões de distonia cervical. 

O atendimento com o fisioterapeuta pela telereabilitação tem o plano terapêutico estabelecido em 06 sessões inciais e em seguida 06 atendimentos de acompanhamento uma vez por mês para ajuste e evolução do tratamento. O terapeuta faz a prescrição dos exercícios e o paciente recebe um código de acesso a plataforma para visualizar o vídeo que demonstra como fazer além das intensidade e frequência. Em média cada paciente tem dois exercícios diferentes por sessão para treinar e aprender a execução correta do tratamento. O diferencial do progama vertice é o embasamento no modelo de autogestão de três estágios de Feedback ( Fitts & Posner 1967): Cognitivo: paciente prática 3 a 5 vezes ao dia os exercícios com ou sem a presença do terapeuta. Em seguida aumenta-se a variedade de exercícios por dia e mantém a mesma dose diária. E por fim o paciente é encorajado a treinar de forma independente e aumenta a dose para 5 a 10x ao dia. 

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