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Exercícios de Força para Parkinson

Saiba mais sobre os benefícios dos exercícios de força para Parkinson.

Exercícios de Força para Parkinson

Existe recomendação do treino resistido em Parkinson para redução da gravidade da doença, melhorar a força, potência muscular , redução dos sintomas não motores, aumento nas atividades funcionais e da qualidade de vida.

Tópicos relevantes sobre os benefícios do  treinamento resistido em Parkinson.

Treino de Força e Potência muscular em Parkinson

Treino de Força e Potência Muscular em Parkinson

Deve ser implementado programa de treinamento de força progressivo isoladamente ou como parte de um programa multimodal para melhorar a força e a potência muscular em indivíduos com Parkinson (Lima TA et al  2019). Já existe vários estudos a favor do treinamento de força em comparação ao controle (apenas tratamento farmacológico, educação , exercício de baixa intensidade ou sem exercício) para ganho de força e potência( Cherup NP et al 2019). Pesquisas mostram resultados a favor do treino de força como sendo superior a outras modalidades para melhorar a força e a potência muscular. Por exemplo, o treinamento de força progressivo demonstrou ser  mais eficaz do que exercícios não progressivos para melhorar a força (Corcos DM et al 2013). Outro exemplo foi treino força utilizando coletes e caneleiras foi superior ao Tai Chi ou programa de alongamento para ganho de força medido com o uso de dinamômetro isocinético ( Li F et al ,2012).Treinamento resistido com instabilidade (RTI) foi favorecido em comparação treinamento resistido sozinho para melhorar força e potência ( Silva Batista C et al ,2018). O RTI é um treinamento que associa superfície instáveis com aumento progressivo da força. Treinamento de força com 80% de 01 RM foi melhor do que o treinamento de potência para ganho de força e potência muscular, enquanto neste mesmo estudo o treinamento de potência com 40% de 01 RM foi superior ao treino de força para ganhos de força e potência muscular ( Cherup NP et al 2019). Treinamento multimodal que incluíram treino de força foram melhores do que não praticar exercício e aulas de educação  para melhorar a força e a potência ( Ni M et al 2016). Apesar disso tem vários estudo que não encontraram esses resultados (Raffert MR,2017). Entretanto o treinamento de força em membros inferiores ( Leg Press) foi melhor que o treino em alta intensidade em esteira em relação ao aumento de força e potência muscular ( Shulman LM et al 2013).

Treinamento de Força reduz os sintomas não motores em Parkinson

Fisioterapeutas devem implementar o treinamento de força segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine (ACSM) para progressão e redução dos sintomas não motores em indivíduos com DP.  De acordo com estes estudos o treinamento de força foi superior ao controle ( indivíduos tratados apenas com medicação) para reduzir depressão ( Lima TA et al , 2019) cognição (Silva Bastista C, et al 2018) e ansiedade (Ferreira RM et al 2018). Não foi possível identificar diferenças entre exercícios multimodais que incluíram treinamento de força em comparação com controles ( indivíduos que não praticaram exercícios ou receberam intensidade baixa) para reduzir sintomas não motores (Landers MR et al 2019).

Treino de Força é capaz de Reduzir os sintomas motores em Parkinson

Recomenda a inserção do treinamento de força para reduzir a gravidade dos sintomas motores e podem incluí-lo como um componente de um programa multimodal. Estudos que compararam treinamento de força versus programa ( alongamento, equilíbrio e fortalecimento) ou apenas alongamentos alcançaram melhor pontuação na escala que avalia a gravidade e a intensidade dos sintomas motores (UPDRS) (Tollár J et al 2019). Os mesmos resultados foram alcançados com treinamento multimodal que incluíam treinamento de força em comparação com intervenções de exercícios de baixa intensidade, sem exercícios, baseados em educação, caligrafia , uma intervenção farmacologia ou nenhum tratamento (Landers MR et al 2019). Existem estudos que não encontraram diferenças na gravidade da doença ao comparar o treinamento resistido com um grupo controle (Dibble LE et al 2015).

Benefícios do treino de Força nas Atividades Funcionais

 Existe resultados superiores do treinamento de força em comparação ao controle para melhorar a função (Leal LC et al 2019). O treinamento de força progressivo foi melhor do que apenas o tratamento medicamentoso para aumentar a mobilidade (TUG), velocidade da marcha , flexibilidade e equilibrio (Sacheli MA et al 2019). A velocidade rápida da marcha medida no teste de caminhada de 10 metros foi melhor com o  treinamento de força do que apenas com a  atividade física habitual (Apta, 2021). O RTI aumentou o equilíbrio ( Best Test) e a estabilidade Biodex) mais do uma intervenção educacional. Treinamento de força progressivo associado com estratégias de movimento foram melhores do que um grupo controle que se envolveu em educação e discussão orientadas para reduzir a taxa de quedas ao longo de 12 meses e aumentar a atividades de vida diária. O RTI parece ser melhor do que o treinamento de força para recuperar o equilíbrio em todos os domínios do Best Test exceto as respostas posturais e orientação sensorial (Silva Batista C, et al 2018). O efeito do treinamento resistido na velocidade da marcha foram mistos. Após 24 meses de treinamento de força de tronco e membros versus programa geral de exercícios para Parkinson não obtiveram diferenças, no entanto ambos os grupos aumentaram a velocidade da marcha rápida, a frequência de passos confortável e rápido enquanto estavam no esta “desligado” da medicação em comparação ao valor no início da pesquisa e na fase “ ligado” houve aumento da cadência confortável e rápida (Rafferty MR et al 2017).

Exercícios Multimodais para Parkinson

Com esta intervenção multimodal que incluíram treino de força foi possível melhorar o equilíbrio medido pelo Best test , Escala de Berg e Teste Alcance funcional mais do que em grupo controle. E um estudo conseguiu  identificar melhorias tanto estado “ ligado” quanto   “ desligado”  (Landers MR et al 2019). Comparando esta intervenção com outras modalidades ativas ( power ioga, exercícios de baixa intensidade , treino de giros e fisioterapia convencional) nenhum padrão de superioridade ficou claro para indicar superioridade estas intervenções.

QUALIDADE DE VIDA

De acordos com algumas pesquisas o treinamento resistido isolado ou incluso no treino multimodal  pode influenciar positivamente a qualidade de vida (Ferreira RM et al 2018).

Potenciais benefícios da  implementação do treino resistido no tratamento do Parkinson
Melhorias:
  1. na força /potência
  2. Sintomas não motores (ansiedade, depressão e cognição)
  3. Atividades funcionais ( velocidade da marcha, equilíbrio, mobilidade e estabilidade)
  4. Qualidade de vida
  5. Reduções da gravidade motora e na taxa de quedas.
Potenciais Riscos/danos da  implementação do treino resistido no tratamento do Parkinson: 

Os principais eventos são distensões musculares, entorses, dor muscular tardia, fadiga , dor , eventos cardiovasculares e quedas.

Avaliação do risco-benefício: É esmagador a recomendação para o treino resistido.

Portanto, os profissionais fisioterapeutas e educador físico precisam estar cientes que a melhoria nos resultados com treino resistido é dependente da dose ( volume X intensidade). E que a prática ao longo do tempo e a modificação da dose pode interferir nas respostas a curto e a longo prazo. E estas repostas podem variar dependendo do momento “ ligado” ou “ desligado” que a pessoa esteja. Assim como de indivíduos em diferentes estágios da doença.  E até o momento não existe uma modalidade superior a outra.

Dada a variabilidade das pesquisas não foi possível determinar a dose ideal do treinamento resistido.  Vários estudos revelam um benefício do exercício resistido quando aplicado 1 a 2 x semana durante 30 a 60 minutos, com intensidade de 80% RM para obtenção de força e 40% RM para melhorar a potência muscular.  Estudos também apontam o aumento progressivo da carga em 2% quando 03 series de 15 repetições  forem alcançadas com boa forma. Parece que os resultados com treinamento resistido se dissipam caso o exercício seja interrompido, isto sugere a necessidade de praticar de forma regular para se sustentar os benefícios.  E estas recomendações não se aplicam para pessoas no estágio HY = 5 ou comprometimento cognitivo grave.

Referência:

Osborne JA, Botkin R, Colon-Semenza C, DeAngelis TR, Gallardo OG, Kosakowski H, Martello J, Pradhan S, Rafferty M, Readinger JL, Whitt AL, Ellis TD. Physical Therapist Management of Parkinson Disease: A Clinical Practice Guideline From the American Physical Therapy Association. Phys Ther. 2022 Apr 1;102(4):pzab302. doi: 10.1093/ptj/pzab302. Erratum in: Phys Ther. 2022 Aug 1;102(8): PMID: 34963139; PMCID: PMC9046970.

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